Thursday, December 21, 2006

Profissão de fé

Creio no Papai Noel, na sua boa intenção, na sua capacidade de distribuir afeto, caridade e amor independente de classes sociais. Creio na autenticidade do Natal, que todos comemoram imbuídos de que celebramos verdadeiramente o nascimento do nosso Salvador. Creio em toda publicidade do natal, de que ela se dirige ao povo com mensagens verdadeiras de fraternidade e sem intuito comercial.

Sunday, December 03, 2006

Quando o amor der errado

Quando o amor der errado
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Quando o amor der errado
Proteja-me da obscuridade
Seja o meu escudo possível
Contra o desafio da dor

Quando o amor der errado
Abrace-me com suavidade
Sinta bater descompassado
De um coração sem amor

Quando o amor der errado
E alquebrado, despedaçado
Mais precisa serás, ao lado
Quando o amor der errado
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Copyright -2006 Ronaldo Souza

Monday, November 06, 2006

Motivo de riso

Estava lendo no jornal e creio que já se somou com algumas expressões já conhecidas no meio popular, esta como sendo motivo de riso - dentro da concepção de rir pra não chorar. Pois o jornal anunciava que o "Conselho de Ética (?) da Câmara dos Deputados" irá se reunir nos próximos dias para julgar (?) mais alguns deputados acusados no escândalo das ambulâncias.

Levante a mão aí quem ainda acredita nos julgamentos do "Conselho de Ética da Câmara dos Deputados"? Muito bem! Agora levantem a mão quem acredita no coelhinho da páscoa, papai noel, saci pererê, et de Varginha e fada do dente? Mais gente ainda, muito bem!

Depois da imensa pizza multisabor que foi servida pelo Conselho e pelo Plenário do Congresso no Chamado escândalo do mensalão, falar em ética naquela casa deve ser um caso, não de polícia, mas de pura ficção científica, uma impossibilidade total.

Ah! Nosso povo ajudou muito reelegendo a cambada...

Tuesday, October 17, 2006

Acreditar

Acreditar é ter fé. Se é assim sou um homem de pouca fé. Mas não me aceito como tal, prefiro acreditar que existem acreditares, plural. Não acredito na bondade humana; acredito que somos vocacionados para o mal. O mal nos é instintivo, como um instinto de defesa? Pode ser.

Ninguém divide verdadeiramente, ou melhor, só uns poucos o fazem. A maioria dá o que sobra, o lixo, a excrescência, aquilo pelo que deveria pagar para ser retirado. Caridade para a mídia? Têm. Caridade para enganar o imposto? Também. Que o digam a profusão de fundações que existem por aí.

Também não acredito em salvadores. O tempo dos profetas já passou. Nosso segundo turno eleitoral virou o que há de pior na política: aliou a corrupção com a mais deslavada mentira. Chovem promessas irreais. Chovem realizações que só existem no mundo da fantasia.

Aliás, esse cinismo que existe na política é imbatível! Sabem que podem alegar que fizeram o não feito, ou que fizeram o trabalho de outros; ninguém mais perde tempo conferindo esse tipo de balela. Ou que vão fazer o impossível; depois dirão que eram bravatas eleitorais e pronto!

Pobre povo; pobre de nós.

Friday, August 25, 2006

Mas que frescura é essa?

Minha amiga fala de Chico. O Buarque de Holanda. E se pergunta: "Teria Chico nascido homem por acidente? Seria ele um 'homem com alma feminina' (se é que isso existe)?" Não respondi ao seu questionamento; a pergunta feminista, sexista, nos comentários do seu texto, lá no blog. Não faria muita diferença. Ela não difere de tantas mulheres que se perdem(se perderam) nessa análise. Fazem da experiência particular uma doutrina sociológica, tratado, lei comportamental. E erram! Como erram todos os que generalizam partindo do particular para o geral. As leis não são feitas desse modo.

Não é uma defesa machista. Sou muito macho pra ser fêmea. Muito fêmea pra ser macho. Sou ser humano. Minhas preferências sexuais não me fazem melhor, nem pior, me fazem ser gente como as gentes. Escrito está na pergunta que um homem não pode ser sensível; sensibilidade, sentimento é atributo feminino. Ou tudo o quanto é qualidade é mulher. Confesso que cheguei a pensar dessa forma, via (e ainda vejo!) na mulher a possibilidade de um mundo bem melhor. Infelizmente descobri que a canalhice e a vilania não tem sexo. Pena.

Ninguém é assim ou assado por ser homem ou mulher. É questão de caráter, de formação, se bondade é substantivo feminino; a maldade também é. Melhor não adjetivar, algo que é individual e intranferível.

Monday, July 17, 2006

Bom ouvinte

Sempre fui um bom ouvinte, acreditando que há que se ter paciência para ouvir os outros; mesmo para alguns cuja audiência não é um ato fácil. Fiz minha parte, emprestei meus ouvidos, que não foram poucos, nem moucos, para tantos quantos precisassem de alguém que lhes ouvisse as histórias. Muitas vezes foi um ato de misericórdia, uma bondade. Cheguei a ser reconhecido por isso: "Não sei como você consegue aturar fulano, ou fulana!"

Não é fácil, reconheço; mas é preciso. Como é preciso dar uma ajuda ao necessitado, uma mão a quem precisa para se levantar. E os necessitados viam em mim essa salvação; essa paciência para ouvir. Fui um bom ouvinte...

Tuesday, June 20, 2006

Contradições inexplicáveis

Parreira afirma: - "Em copa do mundo ganhar já é o show" - comentando sobre a necessidade da seleção brasileira ganhar e dar um bom espetáculo.

Certo, claro, o objetivo deve ser ganhar, espetáculo é outra coisa. Aliás, coisa para quem pode ganhar com sobra, que não é o nosso caso. Quando se trata de manter Ronaldinho Gorducho no time Parreira se contradiz totalmente, dizendo que o objetivo é recuperar o jogador. Afinal! O objetivo é ganhar ou recuperar jogador?

Parreira não vai conseguir provar que copa do mundo é lugar para recuperar jogador. O Brasil não depende de Ronaldo nesse nível que ele - Parreira - quer nos fazer crer. Existem outros tantos jogadores em condições de ocupar a função que é hoje mal ocupada por Ronaldo.

Thursday, June 08, 2006

Dizer o quê?

O que representa esse ataque de vândalos ao Congresso Nacional? A constatação de que existem muitos lobos fantasiados de lebre no cenário nacional somente esperando uma chance para colocarem as unhas de fora? Ou uma mostra para esse congresso de que ele já não representa mais nada? Eu não me sinto de nenhum forma representado por estes srs., acho que ele não representam mais nada, nem ninguém depois de tantos desmandos.

Essa é a realidade que os nossos produtores rurais vivem no dia-a-dia, sem nenhuma garantia sobre as suas propriedades. Quando menos esperam um grupo de ataque desses invade a propriedade de quem quer que seja. Invadem, depredam, destróem, roubam, fazem o que bem querem! Ninguém tem proteção contra essa marginalha. E não me venham falar em agricultores sem terra, esse rótulo não serve para o que em verdade o são, sem vergonha na cara, baderneiros e marginais, essa é a denominação correta.

Eu possuo uma única casa pequena financiada pelo SFH, fruto do meu trabalho, que paguei durante vinte e cinco anos. Não possuo nenhuma outra propriedade. Devo achar que tenho direito a uma terra de graça também, que o estado deva me doar algo como caridade? Quem sabe uma chácara? Ou uma casa na praia? Quem sabe vou me achar no direito de invadir a propriedade de alguém só porque eu não tenho?

O único meio legítimo de adquirir uma propriedade é através do trabalho, comprando, não esperando que seja dada de graça, como uma dádiva do céu, que é o espera essa gente. Ou como espera esse pessoal do bolsa familía, que querem passar o resto das suas vidas sendo mantidos com o dinheiro de quem trabalha e recolhe impostos. O estado deve dar chance para que todos trabalhem e vivam com o suor do seu trabalho. Esmolas nunca foi a solução para nada.

Monday, May 29, 2006

Sem alternativas

Pois meus amigos nós estamos como o cabra que tem que escolher qual a forma que prefere morrer, no fogo, afogado ou de doença braba? Assim não tem graça nenhuma, não é verdade? Nessas eleições que se aproximam nós vamos enfrentar o mesmo dilema.

Nelas você vai poder escolher se quer ser governado por um bando de ladrões? Ou se prefere ser governado por quem governa só para os ricos - a maioria deles? Ou se prefere cair na mão dos comunistas que irão, fatalmente, acabar com a democracia? Você pode escolher com toda a liberdade!

Como se diz popularmente, "estamos entre a cruz e a espada"; pior que isso, acho que estamos entre a "foice e a forca". Não vejo nenhuma alternativa construtiva que se possa optar no nível nacional nas próximas eleições. Com qualquer decisão sairemos perdendo, sairemos chamuscados.

Essa é uma triste constatação para quem já vive há séculos perdendo. Sejam quais forem os resultados de qualquer eleição, nós sempre pagamos o pato, e pagamos literalmente, com o nosso trabalho, com uma grande parte do nosso esforço sendo direcionado para o pagamento dos impostos caros e sem retorno desse país.

Monday, May 22, 2006

Clima invernal!

Amanheceu fazendo sete graus centigrados de frio aqui nessa terrinha de Porto Alegre (e Frio) do Rio Grande do Sul. Eu dizia num outro blog que aqui a gente pode se queixar de tudo, menos da monotonia do clima. Se há um estado que tem as estações climáticas bem marcadas, somos nós, os gaúchos.

Aqui verão é 40 graus, pra soar as bicas com uma umidade do ar de 95 %, o pessoal do norte sabe bem como é essa coisa de calor com elevada úmidade do ar. E quando chega o inverno - que ainda nem chegou por aqui - a coisa vai para o zero grau, ou tende a ir. Amenidade só na primavera, que é como deve ser, quer dizer, tudo bem marcado, bem dividido. Você precisa de um belo guarda-roupas.

Aqui não dá para arregar com uma blusinha e meia dúzia de coisas. Tem que ter meia-calça, calça de pelúcia para colocar por baixo, casaco, casacão, touca, meia de lã, bota, enfim, todo aquele equipamento de esquimó que você sabe como é. Depois ainda perguntam porque é que esquimó beija com o nariz, dá pra adivinhar né?

Mas gaúcho que é gaúcho não se queixa, se borra todo de frio mas diz que tá tudo "tri", se perguntares pro cara: E aí tchê, estás com frio? A resposta é essa, pode apostar: - Bem capaz! Nem um tiquinho - responde o cara enquanto vai batendo queixo. Se eu estou com frio? - Mas bem capaz!

Monday, May 01, 2006

Clima Outonal

Amanheceu, para os que gostam, um dia bem legal! Um daqueles dias ensolarados e frios de outono, típicos, que quem mora mais para essas bandas do heminisfério sul, para o lado que vai mediando a distância até o polo conhece bem. Nos temos o privilégio de morar num país tropical no verão, com temperaturas na ordem dos 40 graus celsius e de morar num país de clima temperado frio no inverno. Temos as estações bem marcadas, bem diferenciadas por aqui. Você não pode se queixar da monotonia. Tem que ter um guarda-roupa com uma boa variação de roupas para enfrentar todos estes climas.

É bom ter uma boa resistência orgânica contra os resfriados também, isso se consegue com vacina ou com vitamina C; eu sou mais natureba nesse ponto, acredito que a vitamina produz melhores resultados. Só tem uma coisa, é preciso consumir muita fruta rica em vitamina C para suprir o corpo com o necessário para enfrentar os resfriados. Um comprido de 500mg de vitamina também faz o serviço; deixa você livre das gripes - eu faz mais de 20 anos que não pego uminha que seja!

No mais é curtir o clima, que convida para longas caminhadas, passeios, de preferência num lugar legal, onde o verde esteja presente. Olha, uma boa companhia também ajuda muito, viu!

Tuesday, April 25, 2006

Existe salvação para a política?

Eu sou dos pessimistas, confesso que não diviso uma salvação possível para a política. Talvez com uma mudança total, estrutural, uma diminuição significativa no número de representantes, uma mudança de sistema, passar para o parlamentarismo. Criar um sistema de representação parlamentar não remunerada, não como forma definitiva, mas até que o sistema possa recuperar a sua credibilidade; não garanto, mas é uma tentativa. Sem isso, podem esquecer; sempre serão essa cambada de aproveitadores dos recursos do erário. Gang.

Para o governo a mesma coisa, adoção do partamentarismo já! Não é possível que os partidos se apoderem do estado como costumam fazer, que usem o estado em proveito próprio, que o estado vire quintal dos partidos. É preciso acabar imediatamente com as ditas funções gratificadas, com a "nomeação de funcionários públicos", com as chamadas cadeiras em conselhos de empresas estatais para apaniguados do poder.

Precisamos ser sérios em tudo, com tudo, levar tudo a sério, acabar com os jeitinhos. Sem isso nunca sairemos dessa pemba eterna em que vivemos.

Tuesday, April 18, 2006

A verdade

Eu pensei que a obrigação de quem depusesse na justiça fosse dizer a verdade; lembro até de depoentes no banco dos réus, enquanto o meirinho perguntava-lhes: "Jura dizer a verdade, somente a verdade, nada além da verdade?"

Ainda agora eu estava lendo um artigo jurídico sobre a validade da mentira com argumento de defesa, ou a defensabilidade de se usar a mentira como uma forma de defesa nos tribunais. Segundo o entendimento de muitos juristas famosos essa é uma tese válida e defensável; ou seja, contra o jugo do estado é defensável que o réu use a mentira como uma forma de defesa.

Tuesday, April 04, 2006

Coisa de Maluco

Reclamar de si mesmo é coisa de maluco? Se é, eu sou um. Tenho essa mania de falar comigo mesmo e, durante o diálogo de'u com eu, reclamar do meu comportamento (rs). A queixa que eu tenho pra comigo mesmo é sobre o meu humor: eu acho que eu ando muito mal humorado ultimamente.

Está certo! Nunca fui o que se poderia chamar de um palhaço na vida, mas sempre fui um cara com um relativo bom-humor. Ultimamente a coisa anda feia meu! E não é por estar na merda, não, porque tenho estado nela há muito tempo. Fosse esse o motivo e já nem saberia mais o que era um sorriso.

Uma causa eu sei qual é, essa minha mania de acompanhar tudo o que acontece na política do país. Sei que não dá para ficar alienado, mas eu passo do ponto, sabem como é? É um caso raro de empolgação negativa, eu acho. Porque nunca vi coisa mais cheia de desgraças do que essa nossa política - e os políticos, é claro!

Eu já disse prá mim mesmo: Larga disso Dom! Deixa disso Dom! Esquece isso Dom! E quem disse que eu me escuto? Mas eu vou acabar conseguindo, de um jeito ou de outro, por bem ou por bem, não posso é perder a esperança!

Tuesday, March 28, 2006

Das encenações

Queriam que o presidente da CEF abraçasse o pepino sozinho; o homem deu uma de sabonete, não quis ficar na briga, entregou o ministro quebrador de sigilos, festeiro e outras coisinha mais. O ministro tentou aplicar essa de que pediu demissão, mas não colou, levou um belo pé-na-bunda, merecido, entregou ao seu assessor de imprensa o extrato bancário do caseiro para ser publicado na revista Época (porque na revista Época, heim? Depois se queixam da Veja, assim não têm compostura moral para isso!).

Agora colocam esse Mantega no ministério, é o que dá pra fazer, um partido cumpanheiro, que não têm quadros, nem nunca teve, o único jeito é dar uma de macaco gordo, quebrar o galho. Depois - graças a Deus! - falta pouco tempo para aturar esses caras no poder. Só espero que o povo brasileiro crie juízo, não coloque mais torneiro mecânico como presidente de país.


Tuesday, March 14, 2006

Saturação

Acontece, muitas vezes os assuntos me saturam, essa pauta política, esse ano eleitoral, essas reiteradas e nunca resolvidas Comissões Parlamentares de Inquérito - de um lado a oposição fazendo política, de outro a situação a empurrar a sujeira para baixo do tapete.

O último modismo agora, depois de um discurso oposicionista em plenário, é que a opinião pública não é a dona da verdade. Tem razão os srs. deputados, quem tem razão são os que se apoderam das verbas públicas, quem comete atos de improbidade, estes é que estão certos, não a opinião pública.

Aliás, o público só serve mesmo é para pagar imposto e manter os corruptos no poder.

Sunday, February 26, 2006

Os Relacionamentos e o Carnaval

Não tome nada como absoluto, isso que eu vou escrever aqui também entra nessa esfera do relativo, ou seja, depende muito de cada caso, depende muito do casal. Eu nunca gostei de ir a bailes de carnaval quando tinha algum compromisso com alguém. Por que eu não consigo me conter e acabo atacando alguma mulher na frente da minha companhia de baile? Não, não é nada disso.

Não gosto pela natureza da festa. Eu acho que exigir certos comportamentos nos bailes de carnaval é querer demais, é esperar demais. Uma festa lasciva, com um espírito bacante, que reúne homens e mulheres com pouca roupa e com muita bebida - quando não têm outras coisas junto nesse coquetel - na cabeça, não pode dar um resultado muito bom.

Eu fui a vários bailes de carnaval, não sou marinheiro de primeira viagem. Com alguma sorte você vai e não ocorre nada, não existe nada matemático dizendo que vai ou tem que acontecer alguma coisa, mas o que eu quero dizer é que quem vai tem que assumir o risco de que possa acontecer. No meu caso não me agrada assumir esse risco.

Por isso, para mim, carnaval. de comprometido é em casa, pela televisão, na certeza de que não haverá rolo, nem brigas com gente alcoolizada. Quem vai a uma festa, vai para se divertir e não para participar de cenas de pugilato, ou para ficar o tempo todo atento ao que possa acontecer.

Thursday, February 16, 2006

Baixando o cacete!

O pessoal não fica nem vermelho, e as desculpas são as esfarrapadas de sempre. Essa invasão ocidental ao oriente, com o sarcástico nome de que estão levando a "democracia" é a repetição da escravidão que os "evoluídos" sempre impuseram às sub-raças da espécie humana. A repetição do periodo colonial, se antes se batia de bengala, ou se batia de chicote, agora é com o cacetete que come solto. O interesse descarado e que não dá para esconder é o petróleo, e o pau corre solto. Essas desculpas, esses comunicados oficiais são puro cinismo, a verdade é que a orientação vem de cima: que o cacetete como solto no lombo dos fiéis.

Ficamos ouvindo essa ladainha de justificativas, de motivos fabricados, tudo mentiras, tolices, sabemos muito bem quais são os verdadeiros motivos, as verdadeiras justificativas. O dinheiro manda, os interesses mandam. Terrorismo? Ameaças? Qual foi o efeito dessa intervenção? Ela só aumentou o risco mundial do terrorismo. Quantos já morreram, quantos já foram sacrificados, quantos deram suas vidas depois dessa intervenção idiota e sem sentido? Mas a cambada de mentirosos que manda nesse mundo segue mentindo para o mundo todo com o maior descaramento, como se todos fossemos palhaços, néscios e bobos.

Atrevidos! Que ainda falam em nome de Deus, de uma justiça Divina, estes, que o futuro só lhes reserva um destino: o inferno!

Friday, February 10, 2006

"Vergonha" - Eu assisto BBB....

Eu habito, moro, resido, socializo, e isso significa que não sou uma ilha. É estranho o modo como eu começo este artigo, desta forma, com um sentimento de culpa, se desculpando pela falta de convicção na própria fraqueza, ou pela não aceitação dessa fraqueza, bem humana. Por quê? Serei menos humano do que os outros humanos?

Eu hesito, como confessei no primeiro parágrafo, mas admito: sou um dos descerebrados que estão acompanhando essa edição do Big Brother Brasil. Pronto! Coloquei o podre para fora, confessei o crime. Já assisti a alguns, resisti a outros, na convicção de que o programa não acrescentaria nada - como não acrescenta! -, que seria só a satisfação do impulso voyer que vive dentro de nós - como de fato é!

Você poderá se perguntar: se o cara se cobra tanto, se fica com tantos "complexos de culpa" assistindo ao programa, então por que assiste? Tem razão, mas é total falta de opção, tanto no que se refere à outras programações inteligentes - tem isso na tv? -, quanto falta de recurso para bons programas - que existem mas, no caso, eu não tenho recursos para eles.

Está bem! Vou tentar não discutir detalhes do programa aqui...

Tuesday, January 31, 2006

Competição x Superioridade

Quem participa de competições esportivas profissionalmente, muito embora exista o famoso chavão dizendo que "o importante é competir", tem que objetivar vitórias, superar a todos, ser o número um. Não haveria razão para competir se não houvesse esse objetivo de vencer.

Mas como manter essa determinação em esportes em que a superiodade de um dos competidores é inconteste? Vejam o caso do tênis, deve ser desanimador para qualquer tenista enfrentar alguém do porte de Roger Federer. Podem dizer que sempre existe o desafio, a vontade de bater o número um, mas, cá pra nós, é difícil encarar um cara que ganha todas.

Começar qualquer torneio sabendo que o máximo que poderá almejar é um vice-campeonato? Certamente o tempo se encarregará de derrubar Federer, como já fez com tantos outros, mas até lá, haja...

Friday, January 27, 2006

Governo legal ilegal

Está difícil escrever sobre algo que preste - atualmente tem algo que preste para se escrever? -, impressiona a segurança do governo Bush na defesa das escutas ilegais. Bush chega a dar a entender pelas suas declararações, que defende coisas sem sentido, como: "as escutas ilegais são legais".

Assim como são legais as prisões ilegais de Guantanamo; assim como é legal a invasão e a intervenção ilegal no Iraque, assim como é legal a negativa de se submeter aos tribunais internacionais (estão acima das leis). Enfim, é um governo ilegal legal, ou se quiserem, legal ilegal.

Monday, January 16, 2006

Pêso na consciência

Cometi muitos erros na vida, quem não os comete? Ninguém é perfeito, é chavão verdadeiro. Mas têm um pêso que não carrego na consciência, a de ter ajudado a eleger esses caras para governarem o Brasil. Não que eu fosse mais sábio do que ninguém, não era e não sou, mas tinha a experiência do Rio Grande do Sul - onde também não votei neles! -, pude ver por aqui o que eles capazes - melhor seria dizer o que eles eram incapazes - de fazer quando no poder. Não ajudei a construir essa república metalúrgica, porque sei que é preciso mais do que discurso para governar, é preciso competência, coisa que eles não têm e nunca tiveram.

O teor, ou o modus de fazer a campanha para reeleição é evidente. Gastar tudo o que não foi gasto nesses três anos, tentar bancar o bonitinho bonzinho nesse ano que falta para ver se o povo esquece das malvadezas dos outros anos, das promessas quebradas, das "bravatas", das reforma na previdência, do esmagamento dos funcionários públicos, do mensalão, da compra dos parlamentares, dos apadrinhamentos. Acho que o pessoal não vai esquecer tão fácil. Será que vai?

Nós sabemos qual a faixa de eleitorado que resta para eles fazerem a sua tentativa, entoarem novamente o seu canto da sereia; só vou dizer que não é nenhuma parte do eleitorado esclarecido, nesse eles já estão definitivamente perdidos. Tomara que nessa outra parte também!

Wednesday, January 11, 2006

Um magro na magricela

Tenho saudades da minha magricela. Naquele tempo não havia ruim, nenhum lugar era longe, nenhum buraco era inacessível. Era só apontar a roda da frente e pronto! Algum tempo depois nós dois estávamos chegando: eu e minha magricela. E olha que eu não era mais magro do que agora, era mais gordo. Era um gordo numa magricela; pobre magra, aguentava todo peso com galhardia.

Era uma Caloi, uma Barraforte, pneus balão, porque para suportar um gordo e as suas aventuras não podia ser uma bicicleta qualquer, tinha que ter uma certa estirpe. E ela tinha, muita categoria. Não me deixava na mão. Não tinha nada demais, sem marchas ou outros acessórios extras, só o básico, e com o básico bastava, já era demais!

Era amarela, um amarelo clarinho, um canarinho. Foi fiel companheira durante muitos anos. Não terminou os seus anos comigo. Foi roubada a minha bicicleta canarinho. Senti muito a falta dela, claro. Certamente ela foi fazer a alegria de algum outro garoto e, com alguma sorte, pode ter encontrado um parceiro mais magro, se achou, o roubo para ela não foi azar, foi a sorte que montou um magro na magricela.

Um magro na magricela

Tenho saudades da minha magricela. Naquele tempo não havia ruim, nenhum lugar era longe, nenhum buraco era inacessível. Era só apontar a roda da frente e pronto! Algum tempo depois nós dois estávamos chegando: eu e minha magricela. E olha que eu não era mais magro do que agora, era mais gordo. Era um gordo numa magricela; pobre magra, aguentava todo peso com galhardia.

Era uma Caloi, uma Barraforte, pneus balão, porque para suportar um gordo e as suas aventuras não podia ser uma bicicleta qualquer, tinha que ter uma certa estirpe. E ela tinha, muita categoria. Não me deixava na mão. Não tinha nada demais, sem marchas ou outros acessórios extras, só o básico, e com o básico bastava, já era demais!

Era amarela, um amarelo clarinho, um canarinho. Foi fiel companheira durante muitos anos. Não terminou os seus anos comigo. Foi roubada a minha bicicleta canarinho. Senti muito a falta dela, claro. Certamente ela foi fazer a alegria de algum outro garoto e, com alguma sorte, pode ter encontrado um parceiro mais magro, se achou, o roubo para ela não foi azar, foi a sorte que montou um magro na magricela.

Saturday, January 07, 2006

Cidade fantasma...

Minha cidade não é litorânea, nenhuma novidade nisso, nem todas cidades podem ser. Hoje alguns criticam os casais de açorianos que, quando fundaram a cidade em anos imemoriais, escolheram a localização próxima a um rio, o Guaíba que margeia Porto Alegre. Não muito longe daqui fica o litoral, a praia mais próxima, Pinhal, fica aproximadamente a 100 km daqui.

São estes 100 quilometros que nos separam do litoral e do mar. Grande parte dos moradores da classe média e daí para cima, possuem uma casa ou apartamento de veraneio em uma das muitas praias do litoral; essa é a época em que a maioria "se muda" para a praia, a cidade fica praticamente abandonada, pouca gente nas ruas, movimento pequeno.

A agitação está no litoral, aqui só a tranquilidade, quase como um lugar geriátrico... tétrico...

Thursday, January 05, 2006

Tempos bicudos para os blogs

Eu estava escrevendo sobre dois fatos evidentes esta semana: o primeiro é que atualmente todo mundo tem o seu blog, com a democratização dessas páginas, que permitem que todos virem "autores" e "escritores"; com isso acabaram-se os leitores, ninguém mais lê blogs, afinal de contas não há mais tempo para isso, todo mundo só tem tempo disponível para escrever.

A consequência desse primeiro fato evidente é o segundo: não há mais comentários nos blogs. Se não há leitores, obviamente, e como conseqüência disso, também não há mais comentaristas. Esse é um fato flagrante, não falo pelos meus blogs, escrito por alguém anônimo, mas mesmo nos grandes blogs, que têm por trás gente de fama, e que costumavam acumular centenas de comentários, hoje contentam-se com meia dúzia de gatos pingados.

Em termos gerais, para dar uma idéia numérica sobre estes eventos, escrevendo em mais ou menos cinquenta blogs(50) uma quantidade aproximada de quinhentos(500) posts nos últimos quatro meses, devo ter recebido quatro ou cinco comentários, cerca de 1% de retorno. E não estou falando de comentários elaborados, falo de comentários de uma ou duas linhas, sendo que no último recebido ainda foi uma crítica pelo tema que eu havia escolhido para o post (sobre o ato de blogar em si).

Tempos bicudos...

Sunday, January 01, 2006

Vivacionando!

Viva! E viva 2006! Viva! E viva o ano novo! Viva! E viva o ano velho! Viva! E viva eu! Viva! E vivam vocês! Viva! E vivamos nós! Viva! E vivam todos! Viva! E viva o viva! Viva! Viva! Acho que agora chega de vivas, já foram todos e tudo bem e convenientemente vivacionados.

Para quem acredita que ano novo é coisa nova, e para quem não acredita que ano novo é coisa nova, o ano novo está aí. Têm superstições, promessas, mantras, comidas, roupas, números, cores, rituais, pensamentos, músicas, danças, tudo para fazer o ano novo melhor que o ano velho.

Parece que todo mundo aposta que o ano novo vai ser melhor, não pelo trabalho ou pelo esforço individual de cada um, mas por todo esse misticismo, que vai interferir na conjunção estelar cósmica e fazer com que a nossa sorte seja diferente, acho que é essa a crença dominante.

Aos que acreditam piamente nisso, boa sorte, eu acho que vou ficar com a aposta na decisão pessoal e no meu trabalho.