Tuesday, January 31, 2006

Competição x Superioridade

Quem participa de competições esportivas profissionalmente, muito embora exista o famoso chavão dizendo que "o importante é competir", tem que objetivar vitórias, superar a todos, ser o número um. Não haveria razão para competir se não houvesse esse objetivo de vencer.

Mas como manter essa determinação em esportes em que a superiodade de um dos competidores é inconteste? Vejam o caso do tênis, deve ser desanimador para qualquer tenista enfrentar alguém do porte de Roger Federer. Podem dizer que sempre existe o desafio, a vontade de bater o número um, mas, cá pra nós, é difícil encarar um cara que ganha todas.

Começar qualquer torneio sabendo que o máximo que poderá almejar é um vice-campeonato? Certamente o tempo se encarregará de derrubar Federer, como já fez com tantos outros, mas até lá, haja...

Friday, January 27, 2006

Governo legal ilegal

Está difícil escrever sobre algo que preste - atualmente tem algo que preste para se escrever? -, impressiona a segurança do governo Bush na defesa das escutas ilegais. Bush chega a dar a entender pelas suas declararações, que defende coisas sem sentido, como: "as escutas ilegais são legais".

Assim como são legais as prisões ilegais de Guantanamo; assim como é legal a invasão e a intervenção ilegal no Iraque, assim como é legal a negativa de se submeter aos tribunais internacionais (estão acima das leis). Enfim, é um governo ilegal legal, ou se quiserem, legal ilegal.

Monday, January 16, 2006

Pêso na consciência

Cometi muitos erros na vida, quem não os comete? Ninguém é perfeito, é chavão verdadeiro. Mas têm um pêso que não carrego na consciência, a de ter ajudado a eleger esses caras para governarem o Brasil. Não que eu fosse mais sábio do que ninguém, não era e não sou, mas tinha a experiência do Rio Grande do Sul - onde também não votei neles! -, pude ver por aqui o que eles capazes - melhor seria dizer o que eles eram incapazes - de fazer quando no poder. Não ajudei a construir essa república metalúrgica, porque sei que é preciso mais do que discurso para governar, é preciso competência, coisa que eles não têm e nunca tiveram.

O teor, ou o modus de fazer a campanha para reeleição é evidente. Gastar tudo o que não foi gasto nesses três anos, tentar bancar o bonitinho bonzinho nesse ano que falta para ver se o povo esquece das malvadezas dos outros anos, das promessas quebradas, das "bravatas", das reforma na previdência, do esmagamento dos funcionários públicos, do mensalão, da compra dos parlamentares, dos apadrinhamentos. Acho que o pessoal não vai esquecer tão fácil. Será que vai?

Nós sabemos qual a faixa de eleitorado que resta para eles fazerem a sua tentativa, entoarem novamente o seu canto da sereia; só vou dizer que não é nenhuma parte do eleitorado esclarecido, nesse eles já estão definitivamente perdidos. Tomara que nessa outra parte também!

Wednesday, January 11, 2006

Um magro na magricela

Tenho saudades da minha magricela. Naquele tempo não havia ruim, nenhum lugar era longe, nenhum buraco era inacessível. Era só apontar a roda da frente e pronto! Algum tempo depois nós dois estávamos chegando: eu e minha magricela. E olha que eu não era mais magro do que agora, era mais gordo. Era um gordo numa magricela; pobre magra, aguentava todo peso com galhardia.

Era uma Caloi, uma Barraforte, pneus balão, porque para suportar um gordo e as suas aventuras não podia ser uma bicicleta qualquer, tinha que ter uma certa estirpe. E ela tinha, muita categoria. Não me deixava na mão. Não tinha nada demais, sem marchas ou outros acessórios extras, só o básico, e com o básico bastava, já era demais!

Era amarela, um amarelo clarinho, um canarinho. Foi fiel companheira durante muitos anos. Não terminou os seus anos comigo. Foi roubada a minha bicicleta canarinho. Senti muito a falta dela, claro. Certamente ela foi fazer a alegria de algum outro garoto e, com alguma sorte, pode ter encontrado um parceiro mais magro, se achou, o roubo para ela não foi azar, foi a sorte que montou um magro na magricela.

Um magro na magricela

Tenho saudades da minha magricela. Naquele tempo não havia ruim, nenhum lugar era longe, nenhum buraco era inacessível. Era só apontar a roda da frente e pronto! Algum tempo depois nós dois estávamos chegando: eu e minha magricela. E olha que eu não era mais magro do que agora, era mais gordo. Era um gordo numa magricela; pobre magra, aguentava todo peso com galhardia.

Era uma Caloi, uma Barraforte, pneus balão, porque para suportar um gordo e as suas aventuras não podia ser uma bicicleta qualquer, tinha que ter uma certa estirpe. E ela tinha, muita categoria. Não me deixava na mão. Não tinha nada demais, sem marchas ou outros acessórios extras, só o básico, e com o básico bastava, já era demais!

Era amarela, um amarelo clarinho, um canarinho. Foi fiel companheira durante muitos anos. Não terminou os seus anos comigo. Foi roubada a minha bicicleta canarinho. Senti muito a falta dela, claro. Certamente ela foi fazer a alegria de algum outro garoto e, com alguma sorte, pode ter encontrado um parceiro mais magro, se achou, o roubo para ela não foi azar, foi a sorte que montou um magro na magricela.

Saturday, January 07, 2006

Cidade fantasma...

Minha cidade não é litorânea, nenhuma novidade nisso, nem todas cidades podem ser. Hoje alguns criticam os casais de açorianos que, quando fundaram a cidade em anos imemoriais, escolheram a localização próxima a um rio, o Guaíba que margeia Porto Alegre. Não muito longe daqui fica o litoral, a praia mais próxima, Pinhal, fica aproximadamente a 100 km daqui.

São estes 100 quilometros que nos separam do litoral e do mar. Grande parte dos moradores da classe média e daí para cima, possuem uma casa ou apartamento de veraneio em uma das muitas praias do litoral; essa é a época em que a maioria "se muda" para a praia, a cidade fica praticamente abandonada, pouca gente nas ruas, movimento pequeno.

A agitação está no litoral, aqui só a tranquilidade, quase como um lugar geriátrico... tétrico...

Thursday, January 05, 2006

Tempos bicudos para os blogs

Eu estava escrevendo sobre dois fatos evidentes esta semana: o primeiro é que atualmente todo mundo tem o seu blog, com a democratização dessas páginas, que permitem que todos virem "autores" e "escritores"; com isso acabaram-se os leitores, ninguém mais lê blogs, afinal de contas não há mais tempo para isso, todo mundo só tem tempo disponível para escrever.

A consequência desse primeiro fato evidente é o segundo: não há mais comentários nos blogs. Se não há leitores, obviamente, e como conseqüência disso, também não há mais comentaristas. Esse é um fato flagrante, não falo pelos meus blogs, escrito por alguém anônimo, mas mesmo nos grandes blogs, que têm por trás gente de fama, e que costumavam acumular centenas de comentários, hoje contentam-se com meia dúzia de gatos pingados.

Em termos gerais, para dar uma idéia numérica sobre estes eventos, escrevendo em mais ou menos cinquenta blogs(50) uma quantidade aproximada de quinhentos(500) posts nos últimos quatro meses, devo ter recebido quatro ou cinco comentários, cerca de 1% de retorno. E não estou falando de comentários elaborados, falo de comentários de uma ou duas linhas, sendo que no último recebido ainda foi uma crítica pelo tema que eu havia escolhido para o post (sobre o ato de blogar em si).

Tempos bicudos...

Sunday, January 01, 2006

Vivacionando!

Viva! E viva 2006! Viva! E viva o ano novo! Viva! E viva o ano velho! Viva! E viva eu! Viva! E vivam vocês! Viva! E vivamos nós! Viva! E vivam todos! Viva! E viva o viva! Viva! Viva! Acho que agora chega de vivas, já foram todos e tudo bem e convenientemente vivacionados.

Para quem acredita que ano novo é coisa nova, e para quem não acredita que ano novo é coisa nova, o ano novo está aí. Têm superstições, promessas, mantras, comidas, roupas, números, cores, rituais, pensamentos, músicas, danças, tudo para fazer o ano novo melhor que o ano velho.

Parece que todo mundo aposta que o ano novo vai ser melhor, não pelo trabalho ou pelo esforço individual de cada um, mas por todo esse misticismo, que vai interferir na conjunção estelar cósmica e fazer com que a nossa sorte seja diferente, acho que é essa a crença dominante.

Aos que acreditam piamente nisso, boa sorte, eu acho que vou ficar com a aposta na decisão pessoal e no meu trabalho.